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domingo, 30 de junho de 2013

Capoeira


Raízes africanas

A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas.

No Brasil

Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.

Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.

Três estilos da capoeira

A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

MESTRE - Bimba (1899-1974)

ORIGEM - Brasil, século 17

PRATICANTES - 8,5 milhões

GOLPES - 39

terça-feira, 25 de junho de 2013

Taekwondo



Originário da Coreia o Taekwondo não só ajuda a manter a forma física como também ajuda a atingir a paz de espírito e a serenidade.

O Taekwondo terá surgido à milhares de anos. Na sua primeira forma, talvez tenha sido usado como meio de defesa dos ataques de animais selvagens. Foram desenvolvidos vários movimentos de defesa pessoal e contra-ataque, em que estas defesas se baseavam em sistemas de blocagens e os ataques em pontapés e socos, que é agora o significado de Taekwondo.

O surgimento do Taekwondo na sua forma mais recente deu-se em 1960, o Taekwondo foi considerado como membro oficial da Associação Amadora Desportiva da Korea em 1961, e foi admitido como um acontecimento oficial pela primeira vez nos 43º Jogos Nacionais Koreanos de 1962.

Neste mesmo ano deu-se o primeiro Campeonato Mundial de Taekwondo, em que mais de 200 campeões de sete nações competiram entre si neste grande acontecimento, daqui resultou que o Taekwondo foi reconhecido internacionalmente.O Taekwondo foi introduzido no Comité Olímpico Internacional em Julho de 1980. Em 1982 o Comité Olímpico Internacional determinou uma demonstração oficial de Taekwondo nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seoul, Coreia. Demonstração repetida posteriormente em Barcelona 92.

A 4 de setembro de 1994 o Taekwondo foi admitido como MODALIDADE OLIMPICA OFICIAL para o ano 2000, nas 27ª Olimpíadas de Sidney. A sua inclusão no programa Oficial dos jogos olímpicos foi votada na 103ª Reunião do comité olímpico internacional.


Historia (Completa)

No século VII, a Coréia era dividida em três reinos: Koguryo, Paekche e Silla. Descobertas arqueológicas de pinturas nas paredes de Muyong-Chong, uma tumba real que remonta à época da dinastia Koguryo, nos permite evidenciar a prática de Tae-Kyon (a mais antiga forma de Taekwondo) num período anterior ao ano de 50 a.C.

As pinturas não deixam dúvidas sobre se realmente representam uma manifestação da antiga arte do Tae-Kyon: mostram homens desarmados praticando um combate e se utilizando de técnicas bastante características da arte, como a "faca da mão", o punho cerrado e a posição de luta clássica.
Nesta época, destes três reinos que viviam em constantes conflitos, Silla (o menor e menos desenvolvido deles) estava sempre sendo invadido pelo outros, bem como por piratas japoneses, que se aproveitavam de sua fraqueza e incompetência militar para saqueá-los. Ignorando suas diferenças com seu vizinho mais próximo, e preocupado com a segurança de seu próprio reino, o rei de Koguryu amedronta-se frente aos ataques dos piratas japoneses e resolve enviar forças militares para prestar treinamento a alguns guerreiros da nobreza de Silla e ajudá-los a combaterem e livrarem-se, e à própria península, dos ataques inimigos. Esta foi a primeira vez que o Taekwondo (naquela época conhecido como Tae-Kyon) foi introduzido no reino de Silla, que seria, a partir de então, seu maior propagador.

Uma vez contando com o apoio militar de Koguryo, o rei de Silla convocou a nobreza do reino para que formassem um grupo de elite, que se responsabilizaria pela defesa e proteção da nação. Esses nobres criaram um grupo que ficou conhecido como os Hwarang. Os Hwarang foram então treinados em diversas modalidades: arco e flecha, marcha, espada, bastão, lança, táticas militares e Tae-Kyon. Tornaram-se conhecidos em todo o reino. Seu rei, porém, acreditava que ainda lhes faltava uma ideologia, pois do contrário seriam nada mais que um grupo de assassinos bem treinados. Estudaram, então, história, filosofia confuciana, ética e moral budista. Daí formularam seu código de honra:




· fidelidade ao rei;




· lealdade aos amigos;




· respeito aos pais;




· nunca recuar ante o inimigo;




· só matar quando não houver alternativa.

Com a formulação deste código de honra, o movimento passou a denominar-se Hwarang-Do (Do significa "o caminho" em todas as artes marciais orientais).

A partir da formação do grupo dos Hwarang , Silla tornou-se tão poderosa frente a seus inimigos vizinhos que, no ano de 670 d.C., consegue unificar os três reinos da península sob a sua bandeira. É por isso que algumas fontes de pesquisa indicam este ano como o ano de surgimento oficial do Taekwondo, na cidade de Surabul da Silla; mas na verdade, a prática desta arte é bem anterior a este período, como nos provam as pinturas encontradas na tumba Muyong-Chong, e que remontam ao século I a.C.

A partir daí, os Hwarang viajam pelo interior da península para conhecer mais sobre a região e a população, e desta forma vão espalhando o Taekwondo por todo o reino durante toda a dinastia Silla , que se estende de 668 d.C. até 935 d.C. Durante esta época, o Tae-Kyon se torna popular como uma atividade de recreação ou um sistema de desenvolvimento físico, ainda que fosse também uma excelente forma de defesa pessoal. Somente durante a dinastia Koryo (935 d.C. - 1392 d.C.) esse foco começa a mudar. Nessa época o Tae-Kyon passa a ser conhecido como Subak e deixa de ser visto como um sistema de desenvolvimento físico, passando a ser encarado como uma arte marcial.

O taekwondo nasceu oficialmente nesse período, na cidade de Surabul, com o nome de Taekyon que significa chute pulando. A prática do Taekyon foi proibida durante 36 anos, período em que os japoneses ocuparam a Coréia.

Após a segunda guerra mundial, o Japão foi derrotado e os coreanos voltaram a treinar até conseguir a união de diversas escolas e estilos, adotando então o nome de Taekwondo.

Porém, ainda em 1948, o Taekwondo foi novamente afetado com a divisão da Coréia em sul e norte, situação que até hoje permanece. Devido a divisão surgiram duas linhas dessa arte marcial, destacando como a principal diferença entre elas, a proibição do soco no rosto, pelos praticantes do sul.

A Coreia do Norte obedece ao ITF (International Taekwondo Federation). Já na Coreia do Sul foram fundadas em 1965 a Korea Taekwondo Association (KTA), e em 1973, a World Taekwondo Federation (WTF).

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Aikidô



O Aikidô é uma arte marcial originária do Japão, criada pelo mestre Morihei Ueshida (1883-1969), que concentrou nela toda a essência do conjunto de artes marciais japonesas (Budô).

Buscando coordenar à perfeição as atividades conjuntas do corpo e da mente, em profunda unidade com as leis naturais, o AIKIDÔ propicia ao seu praticante, através do treinamento persistente, o domínio das técnicas de concentração e relaxamento, possibilitando: o combate ao "Stress", a defesa pessoal, a manutenção da saúde e a longevidade.

Seu Fundador afirmava:

Ö importante não é lutar contra um inimigo e derrotá-lo, é mais do que isso, derrotar os inimigos internos, a insegurança, o receio. É descobrir a maneira de conciliar as diferenças que existem no mundo e fazer dos seres humanos uma grande família. É compreender as leis do universo, tornar-nos unos com ele. Esse entendimento se dará pelo treinamento persistente".

Os movimentos do AIKIDÔ, sem exceção, seguem as leis da natureza. São cheios de vigor e energia, mas aplicado sempre o princípio da não-resistência, da abstenção e força bruta. Conseqüentemente pessoas de ambos os sexos e de todas as idades podem praticá-lo, sentindo-se atraídas com a real possibilidade de treinar a mente e o corpo, forjando inclusive um caráter equilibrado, temperando-se para todos os momentos da vida.

O Aikido foi criado no Japão em 1942, pelo grande mestre Morihei Ueshiba. A arte tem suas origens no Daito Riu Aikijiujitsu criado por Yoshimitsu Saburo Shinja o sexto filho do imperador Seiwa (850-880 DC), pertencente a familia Minamoto .

Por pertencer a casa Daito, a arte recebeu este nome. O Aikido ensina claramente o espirito japones de amor pelas força das natureza (DAISHIZEN), e o pensamento da realização de ações sempre pensando no caráter coletivo, de respeito a disciplina, a beleza e a elegancia da simplicidade em se fazer as coisas porem em harmonia com todos os fatores envolventes. No Brasil a CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE AIKIDO-BRAZIL AIKIKAI, é a organização que segue as tradições preconizadas pelo Instituto Takemussu, que visa manter os ensinamentos originais do fundador do Aikido, através de estágios constantes que são feitos no Brasil de mestres alunos diretos do fundador, como Yoshimitsu Yamada, Nobuyoshi Tamura, e Seichi Sugano. O Aikido por não possuir competições, ensina a trasformar os conflitos em ações construtivas, dentro do verdadeiro espirito do "BUDO".

Muita gente pensa que os japoneses inventaram o "budo", para a guerra. Muito pelo contrário. A palavra "DO" cujo kanji os chineses lêem como "TAO", significa a verdade ultima, o logos, Deus. As artes marciais modernas portanto na verdade são caminhos espirituais para as pessoas viverem melhor. Foram originalmente criadas por seus fundadores quase como uma religião. A ideia que o Ocidente tem, sobre as artes marcias como algo para a violencia, foi criada porque os primeiros estrangeiros que chegaram ao Japão não podiam entender que ao verem as pessoas lutando, na realidade estavam praticando um exercicio para melhor entenderem a Natureza, e assim poderem se harmonizar com ela, como preconiza o sentimento original do povo japones.

Esta mudança da utilização das artes marciais para "Caminhos Marciais" ocorreu depois que as armas de fogo chegaram no Japão, e os samurais perceberam que seus afiados e bem manejados katanas (sabres) eram inuteis diante de uma pistola carregada. Diante desta realidade passaram a praticar os movimentos marciais, não como instrumentos para a guerra, mas sim, como exercicios para a iluminação espiritual. Os ocidentais porem ao chegarem no Japão e verem as pessoas trocando socos e pontapés, pensaram que aquilo podia ser um excelente meio de defesa pessoal, e assim importaram a prática erroneamente com a ideia de que uma pessoa procura um caminho marcial com o objetivo se ficar bom de briga.

Daí a ideia que que um faixa preta de arte marcial é uma pessoa perigosa. Muita gente perde tempo enorme em academias tentando apenas a aprender técnicas de defesa pessoal, que nada valem hoje em dia, na realidade, onde as pessoas agressivas andam com armas de fogo. É preciso treinar a calma, a tranquilidade, o domínio das emoções, a segurança, a coragem, e nisto o Aikido pode ajudar muito. Agora, já nos principais centros mundiais, após quase 40 anos de divulgação do AIKIDO na Europa, e Américas, existem muitos professores ocidentais que entenderam este espirito e vem divulgando o mesmo corretamente.

No Brasil, o Sensei Wagner Bull fundou o Instituto Takemussu e escreveu 3 livros sobre o assunto e, após muito esforço e 32 anos de estudo, consegue entender o verdadeiro espirito do Aikido. Em 1988 conseguiu que o governo brasileiro reconhecesse o INSTITUTO TAKEMUSSU como organização oficial a divulgar o Aikido Tradicional, através da Resolução 02/88 do Conselho Nacional de Desportos.

O fundador do AIKIDO, Morihei Ueshiba, era um personagem fantástico, mistico. Existem estórias fantásticas sobre o mesmo. Ele era capaz de pressentir pessoas que queriam atacá-lo sem vê-las, chegava a arrancar pequenas arvores apenas com suas mãos, e a levantar pedras incompatíveis para seu tamanho e peso, fruto de seu intenso treinamento e iluminação espiritual a que chegou.

No Aikido o praticante inicia-se na arte, aprendendo a cair e a rolar sem se machucar. Posteriormente começa a relacionar-se com um companheiro de treino, e vai aprendendo suas fraquezas e pontos fortes, bem como a de seus semelhantes. Com o passar do tempo vai desenvolvendo sua sensibilidadade a ponto de poder controlar um oponente facilmente com um mínimo de força, bem como a presentir o caráter e as intenções das pessoas logo no primeiro encontro.

É uma arte muito util para as pessoas que estão na direção de grupos humanos, como os gerente, diretores, e chefes de equipe, pois ensina a liderança e o trabalho conjunto em harmonia dando segurança e coragem para seus praticantes, vencendo o medo que tanto atrapalha no relacionamento humano.

É claro que Aikido pode ser usando como defesa pessoal em determinadas situações, em uma briga de rua por exemplo. Porém, a experiência me ensinou que o mais eficiente dos faixas pretas se torna indefeso diante de um revolver em mão hábeis. Infelizmente muitas artes marciais tradicionais se tornaram esportes de competição e perderam a origem para a qual foram criadas.

História

As histórias do AIKIDO e de seu fundador, MORIHEI UESHIBA, se confundem. Ueshiba (O-Sensei) praticou artes marciais desde tenra idade, tendo estudado diversas escolas de Jiu-Jitsu, Alabarda, espada, sabre, escolas de projeções, enfim, as inúmeras escolas (RYU) de Jiu-Jitsu que existiam no Japão em fins do século XIX e começo do século XX.

O-Sensei disse a seus discípulos que praticou mais de trinta artes marciais, e que a maioria destas ele conseguiu dominar num tempo não maior que trinta dias. Ueshiba é tido como um dos maiores e mais proficientes artistas marciais de todos os tempos, no mundo inteiro.

Numa de suas viagens pelo Japão, nas quais desafiava outros artistas marciais para testar suas forças - principalmente em lutas de Sumô - Ueshiba enfrentou SOKAKU TAKEDA, que o derrotou facilmente. Surpreso que ficou - pois até o encontro com Takeda não havia sido derrotado - O-Sensei inscreveu-se num curso de dez dias de Daito-Ryu AikiJujutsu (arte marcial ensinada por Takeda). Gostou tanto deste curso, que se inscreveu para mais um, e assim ficou treinando sob a severa tutela de Takeda por cerca de cinco anos.

Então, podemos entender que a arte marcial que mais influenciou o moderno AIKIDO foi o DAITO-RYU AIKIJUJUTSU. Outras escolas também tiveram sua parcela de influência, porém em menor escala. As escola de combate com armas influenciaram mormente nos deslocamentos circulares e esquivas do AIKIDO, entre outras.

Estava dado início na parte combativa do AIKIDO, a partir do Aikijujutsu. Porém, havia a parte espiritual, que veio principalmente da religião OMOTO.

Em outra de suas viagens, O-Sensei encontrou-se com o reverendo ONISABURO DEGUCHI, que naquela época ensinava a religião OMOTO. Esta religião pregava, principalmente, que todos nós temos um pouco de divindade, pois todos somos filhos do Universo e, portanto, unos com Deus - a divindade suprema - e com o Universo em si. Portanto, a vida de uma pessoa não tem valor mensurável. Quando se agride ou mata uma pessoa, está-se agredindo o próprio Universo e Deus, pois todos são uma coisa só. Ueshiba abraçou a fundo esta causa, inclusive indo morar no retiro da religião OMOTO, onde ensinava a seus discípulos artes marciais e cuidava das plantações e jardins do sítio.

Numa certa tarde, ao se desentender com um oficial da marinha e ser por este atacado - o oficial tentava acertá-lo com um bokken (espada de madeira) por tempos e tempos e não conseguia, cansando-se e desistindo de agredir Ueshiba . Após este confronto, Ueshiba foi ao jardim, molhar sua face com água da fonte.

Então, teve uma iluminação. Viu o universo subir do chão e envolvê-lo em luz dourada. O-Sensei chorou de alegria, pois naquele momento entendera que o significado do BUDO (caminho do guerreiro, as artes marciais) não é a destruição, mas sim a proteção da vida e de todos os seres vivos.

A partir daquele momento o AIKIDO estava completo, com técnicas, filosofia e espiritualidade. O desenvolvimento desta arte marcial foi vertiginoso, sofrendo uma parada durante a Segunda Guerra, mas retornando a seguir com força total, sob a liderança do filho de O-Sensei, KISHOMARU UESHIBA.

Hoje o AIKIDO tem mais de duzentos mil praticantes no mundo todo, e a cada dia a arte ganha novos seguidores, encantados com a sua eficiência como defesa pessoal, método de melhorar a saúde física e espiritual, melhoramento pessoal e integração com os outros seres humanos.

LEMAS DO AIKIDO


Morihei Ueshiba

01) Manter a Disciplina;

02) Não se enervar;

03) Não se entristecer;

04) Não possuir sentimento hostil;

05) Ser compreensivo e tolerante;

06) Ser trânquilo;

07) Ser pacífico;

08) Manter a ética;

09) Fazer amizade com todos;

10) Respeitar a Deus e as pessoas;

11) Ser humilde;

12) Ser justo e honesto;

13) Concientizar-se que o Aikidô é um dos caminhos que leva a Deus;

14) Conscientizar-se que a prática do Aikidô tem por princípio o auto-conhecimento.

Kung Fu



É um sistema de luta desenvolvida na china.Surgiu das observa mais. Porém, niguém sabe ao certo quando surgiu.Embora já tenha mais de 2.000 anos, a verdade nele continua novinha porque,vai se adaptando de tempos em tempos como uma arte tradicional.

A História do Kung Fu é cheia de muitas lendas e ciladas que tornam qualquer tentativa séria de transmitir uma história compreensiva e puramente factual quase impossível. A principal razão para isto é que a história de uma pessoa é a lenda de outra. Há muito poucas provas documentadas para sustentar qualquer história de Kung Fu, já que a maioria das histórias passam de pai para filho, oralmente, sem qualquer documentação escrita para comprovar. Sendo assim, tentarei cortar muito dos mitos e apresentar um relato claro. Se um relato for puramente lenda, será registrado como tal aqui.
OS PRIMORDIOS

Os primeiros registros fiéis de Kung Fu foram encontrados em ossos e cascos de tartarugas da dinastia Shang (1766-1122 a.C.), embora acredita-se que o Kung Fu se desenvolveu muito antes disso. Machados de pedra, facas e flechas foram desenterrados do período da China em recentes escavações. Na verdade, Huang-Ti, o terceiro dos Três Imperadores de Outono (embora alguns o considerem o primeiro imperador da China) usava espadas de cobre para o combate.

Ch'uan fa, ou estilo do punho, como era chamado o Kung Fu no começo, tornou-se muito popular, quando os guerreiros de Chou da China Ocidental derrotaram o monarca da dinastia Shang em 1122 a.C. Durante o período Chou, uma espécie de luta romana chamada jiaoli foi listada como um esporte militar juntamente com arco e flecha e corrida de carruagens.

O período de 770-481 a.C. foi chamado de Era da Primavera e do Outono. Durante esta época, o Kung Fu foi chamado de ch'uan yung, e a arte começou a florescer.

O período dos Estados Guerreiros (480-221 a.C.) produziu muitos estrategistas que enfatizavam a importância do Kung Fu na construção de um forte exército. Conforme mencionado no Sun-tzu (Livro das Guerra), "Exercícios de luta romana e ataque fortalecem o físico do guerreiro". Dos notáveis mestres de Kung Fu em luta de espadas naquele tempo, muitos eram mulheres. Uma delas, Yuenu, foi convidada pelo Imperador Goujian, para expor suas teorias sobre a arte de esgrimista. O termo oficial para o Kung Fu naquela época era chi chi wu (os mesmos caracteres que os usados para o jujutsu japônes).

As dinastias Ch'in (221-206 a.C.) e Han (206 a.C. - 220 d.C.) presenciaram o crescimento de artes marcias como o shoubo (luta romana) e o jiaodi, uma contenda na qual os participantes se defrontam com chifres de boi nas cabeças. O Kung Fu passou a se chamar chi ch'iao. Várias novas armas foram incorporadas à arte, e o taoísmo começou a influenciar a filosofia de luta.

Na dinastia Chin (265-439 d.C.) e nas dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.), um famoso médico e filósofo taoísta, integrou o Kung Fu com chi kung (execícios respiratórios, também chamados qigong). Suas teorias de poder interior e exterior ainda são respeitadas até hoje.

Ge Hong baseou-se muito na pesquisa de seu antecessor Hua T'o, que, durante o período dos Três Reinos (220-265 d.C.), criou um método de movimento e respiração chamado wu chien shi. Este incluía a imitação dos movimentos do pássaro, veado, urso, macaco e tigre. Dizia-se que Hua T'o recebeu ajuda de um sacerdote taoísta chamado Chin Ch'ien. As obras de Hua T'o e Ge Hong foram um marco do desenvolvimento de exercícios de Kung Fu.

O seguinte grande desenvolvimento da História do Kung Fu também veio durante as dinastias do Norte e do Sul: a chegada de Bodhidharma.
A LENDA DE BODIDHARMA

Durante as dinastias do Norte e do Sul, o principal regime começou a atacar a área central da China, e a ordem social foi rompida. Isto criou um crescente interesse no estudo religioso. Em conseqüência, muitas figuras religiosas entraram no país. Uma, em particular, foi Bodhidharma.

Bodhidharma é uma figura obscura na história do budismo. As fontes mais fiéis para nosso conhecimento são Biographies of the High Priests (Biografias dos Altos Sacerdotes) do Sacerdote Taoh-suan (654 d.C.) e The Records of the Transmission of the Lamp (Os Registros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual) do Sacerdote Tao-yuan (1004 d.C.).

Apesar destas fontes aparentemente autênticas, os modernos estudiosos ou têm sido relutantes em aceitar qualquer versão da existência de Bodhidharma ou afirmam que Bodhidharma é uma lenda. Muitos historiadores budistas, contudo, denominaram Bodhidharma o 28º Patriarca do Budismo, dando provas de sua existência.

Bodhidharma (também conhecido como Ta Mo, Dharuma e Daruma Taishi) foi o terceiro filho do Rei Sugandha do sul da Índia, foi um membro dos kshatriya, ou casta guerreira, e passou sua infância em Conjeeveram (também Kanchipuram ou Kancheepuram), a pequena província budista do sul de Madras. Ele recebeu seu treinamento em meditação budista do mestre Prajnatara, que foi responsável pela mudança do nome do jovem discípulo de Bodhitara para Bodhidharma.

Bodhidharma foi um excelente discípulo e logo se sobressaiu entre os colegas. Na meia-idade já era considerado um mestre budista. Quando Prajnatara morreu, Bodhidharma zarpou para a China. Duas razões existem para isso: foi um desejo de seu mestre, Prajnatara, no leito de morte; ou Bodhidharma ouviu falar dos religiosos na China e se entristeceu com o declínio da verdadeira filosofia budista lá.

Os relatos das atividades de Bodhidharma na China variam consideravelmente. O livro Biografias dos Altos Sacerdotes, de Tao-hsuan, afirma que Bodhidharma chegou à China durante a dinastia Sung (420-479 d.C.) e as dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.) e mais tarde viajou para o norte para o reino de Wei. Mas a data tradicional dada para a entrada de Bodhidharma, segundo o livro Biografias dos Altos Sacerdotes de Tao-hsuan que foi preciso em colocá-lo no templo Yung-ning em Lo-yang em 520 d.C. O livro ainda afirma posteriormente que um noviço budista chamado Seng-fu juntou-se aos seguidores de Bodhidharma, foi ordenado por Bodhidharma e então viajou para o sul da China, onde morreu com a idade de 61 anos. Um simples cálculo matemático nos diz que se Seng-fu estava de fato com 61 anos em 524 d.C. e possuíra a idade mínima aceitável para ordenação (20 anos), teria estado com 20 anos em 483 d.C., colocando o monge indiano na China mais cedo do que a data tradicional.

Uma variação no tema acima, encontrada em Os Resgistros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual, situa Bodhidharma em Cantão em 527 d.C. Após passar algum tempo lá, ele viajou para o norte, encontrando o Imperador Wu da dinastia Liang (502-557 d.C.) em Ching-ling (agora Nanquim).

Quando Wu viu Bodhidharma (diz a lenda), ele lhe perguntou: "Eu trouxe as escrituras de seu país para o meu. Construí templos de grande beleza e fiz com que todos abaixo de mim aprendessem as grandes doutrinas budistas. Que recompensas eu receberei na próxima vida por isso?"Bodhidharma replicou: "Nenhuma!" (referindo-se à crença budista de que se você fizer alguma coisa esperando recompensa, pode esperar nada).O rei ficou tão furioso que baniu Bodhidharma do palácio. Bodhidharma novamente se dirigiu para o norte.

Viajou para a província Honan atravessando o rio Yuang-tse (diz a lenda) num bambu. Estabeleceu-se no monastério Shaolin (também chamado Sil-lum) no monte Shao-shih nas mostanhas Sung.

Depois de chegar ao templo Shaolin, ele meditou em frente a uma parede por nove anos. Em sua meditação, fundou o budismo ch'an. A lenda diz que além de formar o ch'an, Bodhidharma também fundou o Kung Fu. Contudo, vimos que o Kung Fu já existia com muitos nomes diferentes por toda a história da China.

É mais provável que, sendo um mosteiro, Shaolin abrigasse muitos fugitivos da justiça, fugitivos que eram também guerreiros hábeis tornavam-se monges. Contudo, acredita-se que Bodhidharma tenha fundado uma série de exercícios que ajudavam a unir a mente e o corpo - exercícios que os monges guerreiros achavam benéficos a seu treinamento. Dois famosos clássicos, Sinew Change Classic e Washing Marrow são tidos como escritos por Bodhidharma ou seus seguidores baseados em seus ensinamentos. Destes clássicos vieram empregos da luta na forma do punho de pedra e das 18 mãos de lohan. Durante esta época, as artes marciais da China separaram-se em duas formas distintas: boxe interno (nei-chia) e boxe externo (wai-chia).

O estilo Shaolin de Kung Fu começou sua segunda transição durante a dinastia Yuan (1206-1333 d.C.), quando um monge chamado Chueh Yuan (também chamado Hung Yun Szu) aperfeiçoou o sistema para reunir 72 formas ou técnicas. Mais tarde, os 72 movimentos foram estudados por Pai Yu-feng e Li Cheng da província Shansi. Além dos métodos de Chueh Yuan, eles também estudaram as 18 mãos de lohan de Bodhidharma e fundiram os métodos para inventar 170 técnicas. Estes 170 métodos formaram a base do atual estilo Shaolin, um estilo que é muito complexo em seus métodos e diversificação. Pai Yu-feng ensinou que um homem tem cinco príncipios: força, ossos, espírito, tendões e ch'i (energia interior).

Seus 170 métodos continham a essência de cinco animais. Eram eles a serpente (she), o leopardo (pao), a garça azul (hao), o dragão (lung) e o tigre (hu). O tigre ensinou o método de força dos ossos; o dragão desenvolveu grande força do espírito; a garça azul ensinou o treinamento dos tendões; o estilo do leopardo representou extrema força e a serpente instruiu na capacidade de fluir o ch'i.

O sistema Shaolin desmembrou-se em cinco estilos distintos. Isto porque havia cinco templos Shaolin em vários distritos. O sistema original veio da província de Honan. Os outros sistemas foram chamados de acordo com as províncias em que se situavam os templos: O-mei, Wu-tang, Fukien e Kwang-tung. No sul (Cantão), as cinco variedades de Kung Fu Shaolin desenvolveram-se em sistemaas familiares: Hung, Lau, Choy, Li e Mo.

domingo, 23 de junho de 2013

Sambo



O Sambo é uma arte marcial recente, criada no início do século XX pelo governo sovietico, com o objetivo de criar um sistema único de combate para toda a união sovietica. Com esse objetivo, o governo russo iniciou uma pesquisa intensa tanto de artes marciais que já existiam em seu território como de artes marciais extrangeira. Os principais oficiais russos responsáveis por essa pesquisa foram V. Spiridinov e V. Oschepkov. Entre as artes marciais pesquisadas e utilizadas no sambo encontram-se o Boxe, Kung Fu, Savate, Muay Thai, Shuai Jiao, sistemas de combates nativos da russia e o Judô.

A grande influência do Judô no russo se deu através de V. Oshchepkov. Ele foi um dos primeiros extrangeiros aceitos por Jigoro Kano para treinar na Kodokan, sendo que deixou a Kodokan em 1914 (ano em que Maeda, aluno de Jigoro Kano, chega ao Brasil para ensinar aos Gracies), e em 1917 recebeu o segundo dan (na época, do total de cinco) das mãos de Jigoro Kano.

Assim como o Sensei Jigoro Kano, que sempre possuiu um espírito revolucionário e sempre foi umvisionário, Oshchepkov seguiu com uma linha de estudo marcial que estimulava a troca de experiências com outras artes marciais, e estimulava os seus alunos a usar outras técnicas conhecidas por eles além das técnicas oficiais da Kodokan.

Oshchepkov fundou em Moscou o departamento de Judô no Instituto de Educação Física e a partir daí, começou a ensinar o Judô na Russia. Para seus alunos, começou a escrever apostilas didáticas, artigos e material com fotos ensinando as técnicas. Mas antes de publicar boa parte do seu material, foi considerado por Stalin um espião japones (e nessa época, o japão era inimigo mortal da União Soviética), foi preso e morreu durante um interrogatório.


Nessa época, não pode-se dizer que o Sambo era igual ao Judô aprendido por Oshchepkov. O próprio Oshchepkov permitiu a inserção de elementos de outras artes marciais em seu treino e retirou técnicas que considerava difíceis demais de se aprender, ou muito formais, como os katas. E também graças a troca de conhecimento entre Oshchepkov e Spiridinov, vários outros elementos, tanto de socos, chutes, defesas de armas, etc, foram inseridos. Entretanto, a influência do Judo Kodokan sob o principal dos fundadores do Sambo é nítida tanto historicamente, como esteticamente, na execução das técnicas do sambo até os dias de hoje.Anatoly Kharlampiev, um de seus alunos, conseguiu reunir o material não publicado de Oshchepkov e resolveu publicar, com algumas mudanças para não ser associado a um “inimigo do povo” (como Oshchepkov era considerado, por sua relação com o Japão através do Judô). O livro foi publicado em 1940 com o título de “Freestyle Wrestling” e foi considerado o primeiro livro oficial de Sambo na Russia. Em 1949, Kharlampiev publicou outro livro, agora de autoria própria, chamado de “Sambo Wrestling”, fortemente baseado nos arquivos de Oshchepkov. Por conta destas publicações pelo seu esforço, após a morte de Oshchepkov, para divulgar a modalidade esportiva que praticava, é que A. Kharlampiev passou a ser considerado o pai do Sambo.

Nos últimos anos, o Sambo tem como um dos principais representantes o grande Fedor Emelianenko, uma lenda do Sambo e do MMA.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ninjutsu



Ninjutsu é uma arte marcial japonesa com raízes que datam mais de mil anos atrás. Existiam no Japão, muitas escolas e famílias de ninjutsu, mas durante a era de paz civil no Japão, não eram mais necessários, os serviços dos ninjas. Em razão disso, muitas dessas escolas desapareceram, porém algumas mantiveram a tradição viva ensinando as suas crianças, passando de pai para filho os segredos dos ninjas.

Os ninjas tiveram funções diferentes em determinadas épocas da história do Japão. Houve épocas em que eram guerrilheiros, terroristas, assassinos e em outras épocas eram agentes secretos do governo japonês, instrutores de polícia e assim por diante.

Ninjutsu, foi desenvolvido como um sistema de combate por povos que viveram principalmente nas províncias de Koga e Iga, e sabiam da importância de um estado psicológico e uma saúde mental boa. Existiam muitos clãs diferentes de ninjas, cada qual com seu próprio estilo.

O ninjutsu influenciou a história, a política e a cultura do Japão. Os verdadeiros guerreiros da escuridão começaram a desenvolver sua maneira de sobrevivência, auto-defesa, táticas marciais com armas, camuflagem, espionagem e guerrilhas, que mais tarde passaram a ser conhecidas como ninjutsu.

HISTÓRIA

Durante a longa guerra civil que durou até o fim do século XVI, algumas famílias que habitavam as regiões montanhosas na região de Honshu, eram impedidas de portar espadas ou armas, então desenvolveram técnicas marciais para se proteger e foram forçados a praticar seus conhecimentos ninjas em segredo, nas montanhas e florestas. Essas famílias de guerreiros desenvolviam suas habilidades em harmonia com a natureza e treinavam diferentes tipos de combates e praticavam meditação. Quando necessário, essas famílias se uniam para lutar contra os inimigos.


Como em qualquer sociedade, havia crápulas entre os ninjas, que não tinham o menor pudor em utilizar os conhecimentos adquiridos para fins nada honoráveis, como matadores de aluguéis. Foi ai que o ninja evolui de guerreiro das montanhas para guerreiros da noite e começaram a ocupar parte na história do Japão, pois muitos senhores feudais contratavam os serviços desses ninjas, que eram exceções, para realizar assassinatos e atuar como espiões. Esses ninjas eram samurais, pois serviam a um daimyo, com a diferença de não seguirem o bushido, mais sim, seu próprio código de conduta. Não se importavam em realizar suas missões de maneira desleal, já que sua imagem não era afetada, pois além de atuarem de noite, daí o nome – o guerreiro da escuridão – usavam uma máscara que mantinham sua identidade em sigilo.

Naquela época, os “ninjas do bem” dirigiam suas atividades à família e aos objetivos da comunidade que pertenciam. Mas como as injustiças eram muitas no passado, os ninjas viviam às voltas em inúmeras batalhas. O que levou a condição de guerreiros mortais.

Poucos clãs ninjas vingaram até a entrada do Japão na era moderna, iniciada com o império Meiji, em 1868, o ninjutsu praticamente desapareceu. Meiji queria transformar a então sociedade agrícola e de guerreiros samurais, em um nação industrializada. Seu primeiro decreto foi proibir que os samurais usassem espadas.

Das quase cem escolas existente antigamente, apenas uma sobreviveu até os dias de hoje e esta reunia os ensinamentos de nove clãs diferentes. Um dos principais motivos do desaparecimento do ninjutsu está em sua própria filosofia. Apesar de poder ensinar sua arte marcial e algumas técnicas de combate aos interessados em geral, o ninja só repassa todo o seu conhecimento a um herdeiro determinado e de uma maneira muito especial. Com um agravante extra: o ninja não tem liberdade para escolher este herdeiro. O encontro deve ocorrer de forma natural ou, para os leigos, sobrenatural. É algo inexplicável, transcedental a matéria, é preciso uma afinidade muito grande entre aluno e discípulo, que ira acontecer naturalmente.

Os ninjas sempre foram espiritualistas, meio ecológicos. As primeiras famílias que habitavam as montanhas viviam em perfeita comunhão com a natureza, jamais contrariavam suas leis Entre um combate e outro, os ninjas aprenderam a utilizar plantas e ervas como remédios. Em Koga, província de Shiga, berço do ninjutsu, ainda hoje existem inúmeras companhias farmacêuticas originados a partir dos preceitos da medicina natural desenvolvida pelos ninjas.

A fé também tornou-se parte integral do ninjutsu. Uma das principais influências espirituais dos ninjas foi Shinto, “o caminho do kami”. Kami é a palavra japonesa para Deus. Mas a filosofia implica em um sentimento mais voltado para uma força sagrada do que para um ser superior. Outra forte influência dos ninjas foi o método Mikkyo de expandir a força interior ou o Ki, baseado no uso de palavras e símbolos secretos para concentrar a energia e as intenções em objetivos específicos.

Os ninjas também foram influenciados por um grupo de nome Shugenja que morava nas montanhas. Esse método consistia em submeter-se aos obstáculos natureza para extrair força da própria terá. È incorreto entretanto afirmar que esses métodos faziam parte das raízes do ninjutsu, o ninjutsu é uma filosofia separada e um modo de vida que não surgiu da noite para o dia. O grande intervalo de tempo entre o império Jinmu e as famílias ninjas das montanhas comprova isto. Apesar de entrar em combate quando necessário, os ninjas eram pessoas comuns que desenvolveram certas habilidades para tentar superar dificuldades nos tempos feudai do Japão. Ninjutsu é freqüentemente traduzido como arte do desaparecimento, mas o kanji “NIN” tem muitos outros significados, tais como perseverança, resistência e principalmente tolerância, que é o mais importante preceito do ninja.

Apesar de não serem guerreiras, as famílias ninjas eram constantemente repudiadas pela sociedade feudal. Eram submetidas a taxas de impostos injustas e perseguição religiosa. O ninja aprendeu a agir com mais eficácia por defesa própria. Eles usavam conhecimento superir das forças da natureza e das técnicas militares herdadas ao longo dos anos com armas contra o exército do governo.


Porém muitas de suas táticas eram consideradas covardes. Como atacar o inimigo sem lhe dar chance de defesa. Os ninjas na verdade apenas usavam o bom senso contra adversários mais poderosos. Os senhores feudais tinham ao seu lado os temidos guerreiros samurais, que muitos confundem com os ninjas, apesar de alguns serem mesmo samurais. Os ninjas não quiseram se envolver com o governo protegido por samurais que se estabeleceu na era Kamamura (1192-1333) até o fim do período Edo (1867). Muitas vezes as famílias ninjas usavam seus guerreiros ou fontes de informações para proteger seus membros, evitando que eles se tornassem vítimas de disputas entre grupos de samurais inimigos. O ninjutsu era desenvolvido como uma contracultura para a sociedade japonesa dominada pelos samurais.

O sucesso dos ninjas nos combates se devia também a uma boa preparação e ao sistema perfeito de dissimulação, até mesmo dentro dos clãs. Não por acaso só ninjas desenvolveram um sistema de combate e espionagem que lhes renderam uma boa reputação como guerreiros. Essa reputação pode ganhar uma nova perspectiva no mundo atual. Os ninjas eram pessoas comuns, mas com objetivo e pontos de vista filosóficos únicos. A filosofia ninja tornou-se parte bastante importante em seu método de combate.

O código do samurai, o bushido, deriva de uma série de princípios gerais para guerreiros, que se transformou numa disciplina formal. A filosofia ninja, embora contendo alguns valores similares, evoluiu através de outra trilha cultural. Quando uma casa ninja era atacada por exemplo, seus moradores "desapareciam" por passagens secretas nunca descobertas. Os oponentes, desconhecendo os ninjas, não compreendiam sua estratégia e divulgavam a lenda de que eles eram mágicos - sem ao menos perceber, que muitas vezes a derrota não era causada por um forte guerreiro, mas sim por uma delicada porem ardilosa mulher.


KUNOICHI

As mulheres aliás, sempre fizeram parte do mundo ninja, recebendo denominação especial: kunoichi. Mas apenas seus engajados integrantes sabiam que por trás da máscara de um kunoichi estava uma mulher. Mais do que guerreiras, as ninjas eram sensuais e sabiam se aproveitar dessa peculiaridade para seduzir e, na seqüência, aniquilar os inimigos. Elas se davam ao luxo de ter até uniforme exclusivo que estrategicamente, deixavam sua lindas pernas à mostra. Elas eram muito competentes e quase sempre conseguiam cumprir seus objetivos.

NINJUTSU HOJE

A imagem atual de criminosos em potencial, que muitos ainda cultivam pelos ninjas foi herdada do fato de eles combaterem os samurais, que figuravam o lado da classe dominante. Os exageros sobre as habilidades ninjas também são frutos do desconhecimento, pois poucos mortais tinham acesso ao seu restrito mundo. Mas não é somente por causa da eficácia das táticas de combate que a mística sobre os ninjas persiste até hoje. A arte marcial do ninjutsu atrai desde crianças até agentes dos principais serviços secretos do mundo também pela filosofia.

Mais do que embasar a arte do desaparecimento ou as famosas técnicas para matar, o ninpo (essência da imagem ninja) é um método físico, emocional e espiritual de proteção.

Karatê


Karaté (português europeu) ou caratê (português brasileiro) (em japonês: 空手, transl. karate, AFI: [kɑʀɑtə]) ou caratê-dô (空手道, transl. karate-dōAFI: [kɑʀɑtədɵ])[a] é uma arte marcial japonesa que se desenvolveu a partir da arte marcial autóctone de Oquinaua sob influência do chuan fachinês[b] e dos koryu japoneses (modalidades tradicionais de luta), incorporando aspectos das disciplinas guerreiras, ou budō.

A influência chinesa foi maior num primeiro estágio de desenvolvimento, cambiando um paradigma primitivo de simples luta com agarrões e projeções para um com mais ênfase nos golpes traumáticos, e se fez sentir nas técnicas dos estilos mais fluidos e pragmáticos da Chinameridional.2 Depois, por causa de alterações da cércea geo-política, sobreveio a predominância das disciplinas de combate do Japão e, nesse período, o paradigma tende a simplificar ainda mais os movimentos, tornando-os mais directos e renunciando àquilo que não seria útil ou que fosse mero floreio.

O repertório técnico da arte marcial abrange principalmente golpes contundentes — atemi waza —, como pontapés, socos, joelhadas, bofetadasetc., executadas com as mãos desarmadas. Todavia, técnicas de projeção, imobilização e bloqueios — nage waza, katame waza, uke waza — também são ensinados, com maior ou menor ênfase, dependendo do onde ou qual estilo/escola se aprende.

Grosso modo, pode-se afirmar que a evolução desta arte marcial aconteceu capitaneada por renomados mestres, que a conduziram e assentaram suas bases, resultando no caratê moderno, cujo trinômio básico de aprendizado repousa em kihon (técnicas básicas), kata(sequência de técnicas, simulando luta com várias aplicações práticas) e kumite (enfrentamento propriamente dito, que pode ser mero simulacro ou dar-se de maneira esportiva/competitiva ou mais próxima da realidade). Esse processo evolutivo também mostra que a modalidade surgida como se fosse uma única haste acabou por se trifurcar e, por fim, tornou-se uma miríade de diversas variações sobre um mesmo tema.

O estágio da transição entre os séculos XX e XXI revela que a maioria das escolas de caratê tem dado ênfase à evolução do condicionamento físico, desenvolvendo velocidade, flexibilidade e capacidade aeróbica para participação de competições de esporte de combate, ficando relegada àquelas poucas escolas tradicionalistas a prática de exercícios mais rigorosos, que visam desenvolver a resistência dos membros, e de provas de quebramento de tábuas de madeira, tijolo ou gelo. De um modo simples, há duas correntes maiores, uma tendente a preservar os caracteres marcial e filosófico do caratê e outra, que pretende firmar os aspectos esportivo e lúdico.

A partir do primeiro quartel do século XX, o processo de segmentação instalou-se de vez, aparecendo diversos sodalícios e silogeus, até uus dentro dos outros, pretendendo difundir seu modo peculiar de entender e desenvolver o caratê, a despeito de comungarem de similitude técnica e de origem. Tal circunstância, que foi combatida por mestres de renome, acabou por se consolidar e gera como consequência a falta de padronização e entendimento entre entidades e praticantes. Daí, posto que aceito mundialmente como esporte, classificado como esporte olímpico e participando dos Jogos Pan-Americanos, não há um sistema unificado de valoração para as competições, ocasionando grande dificuldade para sua aceitação como esporte presente nos Jogos Olímpicos.

Em que pese a enorme fragmentação, os inúmeros contubérnios procuram ainda seguir um modelo pedagógico mais ou menos comum. E neste ambiente, distingue-se o mero praticante, ou carateista, daquele estudioso dedicado da arte marcial, carateca, o qual busca desenvolverdisciplina, filosofia e ética, além de aprender simples movimentos e condicionamento físico. Nessa mesma linha, aquele carateca que alcança o grau de faixa/cinturão preto(a) é chamado de sensei. E os sítios de aprendizado são chamados de dojôs, sendo estes, via de regra, filiados a alguma linhagem/estilo.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Krav Maga



Década de 1940: guerra, violência e morte. Era urgente o surgimento de um meio de se manter vivo. Os mais fortes, com um pouco de sorte, sobreviviam, os outros morriam. Fruto da necessidade básica de sobrevivência, o Krav Maga nasceu em meados dos anos 40 pelas mãos de Imi Lichtenfeld (Z"L) em Israel.

E foi a partir desta necessidade de lutar pela vida que um homem, Imi Lichtenfeld (Z"L), criou um método para sobreviver no meio de todo aquele horror. Percebeu que todas as técnicas de combates e lutas que existiam de nada valiam diante daquela realidade. E tendo como ferramenta apenas seu próprio corpo, como que iluminado, percebeu que esta "ferramenta" poderia ser muito poderosa; entendeu que seus movimentos naturais poderiam ser trabalhados para a defesa própria e combate e que os seus pontos fracos e sensíveis também o eram para seus inimigos e adversários, afinal, um corpo humano é um corpo humano. Com esta conclusão, que a nós parece óbvia, decidiu criar uma técnica corporal e espiritual que seria eficiente para qualquer um, independente de força ou preparo físico, idade ou sexo, defender sua vida com aquilo que possuía, sua mente e seu corpo.

Em meados de 1940, nasceu o Krav Maga pelas mãos de Imi Lichtenfeld (Z"L) em Israel, pouco antes de sua independência. Um caminho de vida para o homem dos novos tempos, que traz soluções para qualquer tipo de violência, seja ela armada ou desarmada e até mesmo contra ataques terroristas e situações com reféns. Como é possível? É possível pelo fato de seu princípio ser verdadeiro, inquestionável e incondicional, ele funciona para todos e em qualquer situação. Tendo como berço os movimentos de resistência de judeus da Europa durante a 2ª Guerra, se desenvolveu e amadureceu em Israel, sendo utilizado pelos grupos de defesa que ali existiam e, com a independência do Estado em 1948, tornou-se a filosofia de defesa adotada pelo Tzahal, serviço militar israelense, polícia e serviço secreto. No início era restrito apenas à elite militar mas a partir de 1964 foi liberado o ensino aos militares em geral e à população civil dentro do Estado de Israel.

E foi neste momento que seu criador, com a preocupação de dar continuidade à sua obra transmitindo-a para o resto do mundo e para as próximas gerações, selecionou um pequeno grupo que seria treinado e preparado para este fim, do qual o Mestre Kobi é parte integrante. Em 1987, foi liberada a saída do Krav Maga para fora de Israel.

Vários países como EUA, Inglaterra e França solicitaram cursos que obtiveram grande sucesso e aceitação. Em 1990, o primeiro faixa preta saiu de Israel para difundir o Krav Maga; Mestre Kobi chega ao Brasil, como o único representante da arte na América do Sul.

domingo, 16 de junho de 2013

Muay Thai





O Muay Thai, ou boxe tailandês, tem uma longa tradição na Tailândia e começou há muitos séculos. Esta forma nativa de arte marcial também é praticada nos países próximos – no Cambodja é conhecido como Pradal Serey, e como Tomoi no norte da Malásia. Acredita-se que teve origem na China. Antigamente, o Muay Thai era ensinado como parte do treinamento militar siamês, e ainda hoje é empregado pelo exército tailandês.

No passado, o Muay Thai era uma espécie de entretenimento para a realeza. As luvas eram feitas de cordas trançadas, alcatrão e cacos de vidro para garantir um espetáculo sangrento. Também foi influenciado pela savate francesa, que foi introduzida pelos marinheiros.

Hoje o Muay Thai é considerado mais como um esporte do que como uma arte marcial. A versão esportiva varia ligeiramente do original, e consiste em chutes e socos entre competidores que usam luvas de boxe, em um ringue similar ao usado no boxe. O Muay Thai, assim como a savate e o caratê, foi altamente influenciado pelo desenvolvimento do kickboxing no Japão, na Europa e na América.

Recentemente, o Muay Thai passou por uma explosão de popularidade em todo o mundo, e muitos devotos chegam a viajar para a Tailândia para lições intensivas de Muay Thai.

Treinamento e competição de Muay Thai

O Muay Thai é apelidado de “a ciência dos oito membros”, já que ensina a seus praticantes a usar as duas mãos, os dois pés, as duas pernas e os dois cotovelos para uma chuva de golpes sobre os oponentes. O Muay Thai envolve um treinamento intensivo para enrijecer as pernas, cotovelos, punhos, joelhos, e até a cabeça.

Muitas técnicas de Muay Thai usam todo o movimento do corpo, em que o praticante gira os quadris em cada chute, soco ou bloqueio. Essa rotação dos quadris, e a concentração intensiva no centro muscular do corpo, é o que diferencia o Muay Thai de outras artes marciais.

As lutas de Muay Thai acontecem em um ringue de boxe – os participantes usam proteção para as mãos, luvas de boxe, protetores para a boca e a virilha. Antes do início da luta, os dois competidores executam uma prolongada cerimônia ritual por motivos religiosos, assim como exercícios de aquecimento.

Boxe


O boxe ou pugilismo é um esporte de combate, no qual os lutadores usam apenas os punhos, tanto para a defesa, quanto para o ataque. A palavra deriva do inglês to box, que significa bater, ou pugilismo (bater com os punhos), expressão utilizada na Inglaterra entre 1000 e 1850. Remontando aos séculos XVIII e XIX, quando de seu nascimento na Inglaterra, o boxe era praticado com as mãos nuas. Essas lutas com as mãos descobertas eram frequentemente brutais, de modo que o boxe acabou sofrendo intensas mudanças em 1867, com a formulação das Regras de Queensberry, que previam rounds de três minutos, separados por um intervalo de um minuto, além do uso obrigatório das luvas. Essas regras entraram em vigor em 1872. O boxe foi primeiramente considerado um desporto olímpico em 688 a.C., na 23ª olimpíada da antiguidade; seu vencedor foi Onomastus de Esmirna, que foi quem definiu as regras do esporte. Posteriormente, quando houve o ressurgimento dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, nas Olimpíadas de 1896, em Atenas, o boxe não foi incluído como uma das modalidades da competição. O boxe então somente retornou nas Olimpíadas de 1904, a terceira da Era Moderna, em St. Louis, e desde então foi praticado em todas suas edições posteriores, com exceção às Olimpíadas de 1912, em Estocolmo.
Primeiros vestígios do boxe no Brasil

No início do sec. XX, a prática desportiva era quase totalmente desconhecida no Brasil. Os raros esportistas limitavam-se a membros das comunidades de emigrantes alemães e italianos, no Rio Grande do Sul e em Sao Paulo. Foi só com eles que foi introduzida, entre nós, a idéia de competição esportiva entre dois homens ou entre equipes, principalmente em modalidades como natação e canoagem.

Além dessa falta de tradição esportiva, outra característica desfavorecia a introdução do boxe no Brasil: no final do sec. XIX e início do XX, lutar era sempre associado a coisa de capoeiristas e, então, à marginalidade. Esse preconceito era especialmente forte entre os membros da elite dirigente do país.

As primeiras exibições de boxe em solo brasileiro ocorreram naquela época e só reforçaram esse preconceito: foram feitas por marinheiros europeus, que tinham aportado em Santos e no Rio de Janeiro, e naquela época os marinheiros eram recrutados das classes mais humildes.

Em 1913: a primeira lição

Em 1913, travou-se a mais antiga luta de boxe em território brasileiro que ficou documentada. Tratava-se apenas de uma luta de exibição - ou de desafio, não se tem certeza pois os testemunhos da época divergem nesse detalhe - em São Paulo, entre um pequeno ex-boxeador profissional que fazia parte de uma companhia de ópera francesa e o atleta Luis Sucupira, conhecido como o Apolo Brasileiro em razão de seu físico avantajado.

Embora surrado, o nosso Apolo reconheceu que a técnica pode superar a força e tornou-se um grande entusiasta do boxe e seu primeiro grande divulgador. Dado seu prestígio, era médico e filho de conceituada família, seu apoio em muito contribuiu para atenuar o preconceito que já mencionamos.

O boxe é divulgado e legalizado no Brasil

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Wrestling



A luta greco-romana, na verdade é um dos estilos praticados dentro da luta olímpica, que possui também o estilo livre. A diferença entre o estilo livre e greco-romano, é que no primeiro são permitidos ataques no corpo inteiro, e no segundo, apenas da cintura para cima. Basicamente a luta tem como objetivo derrubar seu adversário sem o uso de socos, chutes ou golpes traumáticos, e imobilizá-lo no solo com as costas encostadas. Por isso os atletas praticantes desta modalidade tem o desenvolvimento das capacidades motoras, raciocínio, agilidade, destreza, conhecimento corporal, força explosiva, isometria, flexibilidade, além de uma sociabilização e uma maior auto-confiança.

A história antiga conta que o homem primitivo, com um comportamento simples como o de um animal, começou a associar sua experiência e sua observação com a finalidade de desfrutar da própria força da natureza para sua sobrevivência, então teve que lutar para viver. De acordo com Auguste Comte, grande filósofo francês, para se entender uma idéia deve-se conhecer a história. A origem do Wrestling vem sendo feita desde que o homem começou a tomar consciência do mundo ao seu redor e começou a tentar entender as relações existentes neste mundo, e a desenvolver conceitos como o da causa e efeito. Gradualmente, começou-se a entender a importância vital das qualidades físicas e, particularmente, a habilidade de se saber derrubar, dominar, e contra-atacar em conflitos com outros seres humanos ou animais.
O desenvolvimento de movimentos artificiais (pegadas, quedas, domínios, fixação de base), dentro das possibilidades genéticas, foi uma das mais importantes descobertas da mente humana, e ao mesmo tempo, um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento intelectual que se seguiu para toda a humanidade.
Através do tempo o instinto de luta foi gradualmente crescendo e criou-se então a necessidade de se organizar treinos e competições de luta. Segundo os historiadores, tal organização começou para se proteger a vida e a saúde dos lutadores. A luta tradicional é o resultado de um processo universal e histórico, é parte integral da vida humana e seu dia a dia, e seu desenvolvimento multilinear e heterogêneo é resultado das condições sociais, nas quais a luta foi moldada.
Segundo famosos historiadores, todas as formas de arte de guerra, surgiram dos conhecimentos de Wrestling, partindo-se do princípio que uma arma nada mais é do que a extensão de seu braço ou mão, e ainda antes das armas serem desenvolvidas, os homens já se enfrentavam com as mãos limpas e somente com a coragem que possuíam.
A luta olímpica é considerada por muitos como a mãe de todas as lutas, porque surgiu com o homem, e esta técnica criada por ele era simples e com o passar dos tempos evolui, junto com a humanidade. Quando o Imperador Teodósio encerrou as Olimpíadas Gregas, a 394 D.C., terminava também ali uma das mais ricas etapas da história e do esporte. A luta esportiva surgiu no segundo milênio antes de Cristo, e fez parte de toda civilização egípcia, como mostra o afresco com 400 figuras na tumba de Benni Hassan - 2160 a 1780 a.C. Foi incluída no programa de disputas das Olimpíadas em sua 18a edição, no ano 708 antes de Cristo, sendo disputada em três categorias - adulto, pancrácio e adolescente. No mundo romano dos sete Reis, eram comuns as disputas de lutas. Um dos mais apaixonados pela modalidade, e que também mais praticava era o Imperador romano Nero, fazendo com que a luta de maior interesse era aquela entre gregos e romanos. O primeiro Imperador romano Augusto promovia, no Campo de Marte de Roma, combates de luta ao estilo das Olimpíadas. Os famosos gladiadores desta Era utilizavam a luta greco-romana em seus confrontos nas arenas.

Como pudemos ver, o Wrestling sempre esteve ligado com o próprio desenvolvimento e evolução da sociedade, sempre foi um símbolo de poder e virilidade para as pessoas, e sempre associado a uma forma de se aumentar a capacidade produtiva, melhorar a saúde e implantar o espírito de luta nos mais jovens.
O Wrestling, por ser um esporte bastante acessível, e por necessitar de pouco material para sua prática, se tornou um esporte natural e se desenvolveu mundo afora. Hoje em dia o Wrestling em seus estilos Olímpicos (Estilo Livre, Greco-Romano e Luta Feminina), vem sendo praticado nos quatro cantos do planeta, sendo reconhecidos e filiados à FILA 142 países.
Várias personalidades históricas famosas praticaram a luta , como: Alexandre “O Grande”, Sócrate, Pilates, Aristóteles, Platão, Lenin, Napoleão dentre outros.

Jiu-Jitsu



Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou "arte suave", nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.

A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.

Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles. Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres, Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.

Franzino por natureza, aos 15 anos, Carlos Gracie encontrou no jiu-jitsu um meio de realização pessoal. Aos 19, se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu. Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio,com 12.

Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família.

Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.

De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.

Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava as quedas e o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização.

Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão.

Judô




Judô (português brasileiro) ou judo (português europeu) (柔道, Jūdō?, caminho suave, ou caminho da suavidade) é um desporto praticado como arte marcial, fundado por Jigoro Kano em 1882. Os seus principais objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, além de desenvolver técnicas de defesa pessoal.1

O judo teve uma grande aceitação em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a essência dos principais estilos e escolas de jiu-jitsu, arte marcial praticada pelos "bushi", ou cavaleiros durante o período Kamakura (1185-1333), a outras artes de luta praticadas no Oriente e fundi-las numa única e básica. O judô foi considerado desporto oficial no Japão nos finais do século XIX e a polícia nipônica introduziu-o nos seus treinos. O primeiro clube judoca na Europa foi olondrino Budokway (1918).

A vestimenta utilizada nessa modalidade é o keikogi (quimono), que no judô recebe o nome de judogui e que, com o cinturão, forma o equipamento necessário à sua prática. O judogui que é composto pelo casaco (Wagui), pela calça (Shitabaki) e também pela faixa (obi), o judogui pode ser branco ou azul, ainda que o azul seja quase apenas utilizado para facilitar as arbitragens em campeonatos oficiais.

Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o judô se tornou um dos esportes mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido. Não restringindo seus adeptos a homens com vigor físico e estendendo seus ensinamentos para mulheres, crianças e idosos, o judô teve um aumento significativo no número de praticantes.

Sua técnica utiliza basicamente a força e equilíbrio do oponente contra ele. Palavras ditas por mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual". A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual.